terça-feira, 1 de novembro de 2011
Das noites
Ontem foi noite de borga e copos com a rapaziada.
Gosto da noite e de toda a envolvência.
Gosto das amarras que se soltam em nós e nos outros, do brilho, do glamour, do salto alto, dos aromas, da luz da vela, dos sorrisos, da diversão, dançar e dançar, das luzes a piscar do som da noite e do seu silêncio também no final dela.
Há coisas que invariavelmente não consigo soltar, nomeadamente o estar atenta ao que se passa em meu redor, talvez porque o passado faz com que não o consigamos ignorar.
Curiosamente nas saídas à noite as pessoas tendem a exagerar e a fazer valer ao de cima os defeitos que tem como pessoas, seja na forma de abordar como a maneira como se lida com pessoas que nem sequer são nossas amigas e nada nos dizem, mas a fingir que somos.
Abre-se uma garrafa de "Moet e Chandom" com um grupo de pessoas que acabamos de conhecer e muito provavelmente no fim de noite nem sequer há espaço para um Foi um prazer
Fazem-se brindes talvez para demonstrar a alguém ou a nós próprios o quão as vidas são vazias.
Foi o que retive da noite de ontem.
Que pena que me dá de vidas vazias, de pessoas que tem prioridades trocadas, a futilidade e dos sorrisos gratuitos.
Do gajo, que está ali não por amizade mas sim porque quer a companhia dela ao fim da noite e que lhe toca no ombro a recorda-lo que tem que pagar quando vem o multibanco portátil.
Nada na vida é gratuito. Existem sempre contrapartidas e o momento é fugaz, mas ainda assim há que vive-lo.
Ficam as experiências e o que nós queiramos aprender com elas.
Na noite aprende-se muito basta saber dosear e tirar aquilo que é de bom tirar
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