sexta-feira, 2 de março de 2012

Nós

Em data do teu aniversário, este filme podia perfeitamente ser a nossa história. Faltou a lista de desejos, ficaram os necessários para manter-te em mim e os que conseguimos realizar. A saudade é uma coisa imensa e que nem sempre o tempo se encarrega de esquecer apenas aprendemos a lidar com a ausência

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

The Gift - Primavera



Hei-de te amar, ou então hei-de chorar por ti...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A propósito do dia

Costumo dizer várias vezes que não sei o que quero, mas sei exactamente aquilo que não quero.
Esta regra d'ouro aplica-se também ao amor.
Sim, porque isto de se amar incondicionalmente alguém e de apostar num "full house" é coisa que se aplica aos primeiros amores, depois a história muda radicalmente e o joguinho muda de figura.
Não quero com isto dizer que vamos escolher quem amamos ou parecer calculista no que diz respeito a sentimentos, mas há coisas óbvias quanto a mim. O amor é cego mas não é burro. As pessoas é que romanceiam muito a vida para muitas das vezes saberem exactamente que a verdade é que o sentido é um e tem de se fazer em conjunto.
Eu fui assim. Todos nós fomos assim.
Apostei, acreditei. Acreditei no amor como força capaz de mudar tudo o resto, acreditei no amor e uma cabana, lancei-me sem rede em prol desse tal sentimento, fui amada, amei e desacreditei-me quando um simples sentimento é apenas o nome que alguém inventou e nos vendeu como sendo o que pode erguer montanhas e tal!
Acredito no companheirismo, no respeito, na sinceridade e na compaixão que temos por alguém, na sintonia e no estar presente, para o bem e para o menos.
Tive duas relações que são as "marcas" as mais profundas, aquelas. Aquelas que me transformaram e em muito contribuíram para ter a postura actual perante estes assuntos.
Em relação a estas atribuo nomes. O primeiro foi um erro e o segundo uma desilusão .
O primeiro vindo da adolescência e fomos crescendo juntos, lamentavelmente não crescemos da mesma maneira e deparamos com a velha máxima que passamos anos com alguém e nada mais resta do que uma amizade e uma casa, entre muitas outras coisas menos felizes. Tivemos alegrias. Muitas, é certo, mas as más acabaram por ser o azeite na água. O fim era inevitável após o ganhar a coragem de mudar de rumo.
O segundo foi o fascínio, o desejo constante, o coração a bater anormalmente, o romper para uma coisa que já há muito não tinha, se é que alguma vez o tive ou a intensidade não era esta.
Foi a loucura e o conforto ao mesmo tempo, o carinho, o sussurrar ao ouvido, o beijo na testa, o olhar intenso de bolinha preta na bolinha preta, o sorrir com os olhos porque o amor vem de dentro, quente e tão saboroso, beijos demorados e todas as sensações que se tem e que não se explicam.
Até ao dia que começamos a ver que há coisas, práticas, de vida e do dia a dia que não encaixam.
Vem a primeira discussão e a seguir vamos nos deitar e resolvemos na hora, porque o amor resolve, mas chega o momento que já não resolve assim tão bem, vem o conflito de ideias, de palavras e o "já vi este filme!"
E dali o passo para a desilusão é curto.
Do amor ao ódio é uma linha muito ténue. Não quero exagerar, mas não anda lá muito longe.
Eu quero apenas o que dou e o que dou é muito, ou não, simplesmente o que penso ser importante para manter a relação saudável, um amigo e amante, confidente e um apoio, quero saber com o que conto. Quero companheirismo, compreensão e o abraço no momento certo.
Quero tudo aquilo que ignorei por demasiado tempo, com a mania de ser uma mulher de armas e armada em dama de ferro dos meus próprios sentimentos, quero que me desmanchem quando eu estiver com a máscara, a surpresa e o surpreender, do toque, do olhar, do beijo no cabelo quando estiver a ler um livro, o sussurro de uma boa frase, da caricia no escurinho do cinema.

Este post vem no seguimento deste video e que mais uma vez se prova, arrependam-se do que fazem, não do que não fazem, quando pouco ou nada há fazer porque o que havia já se perdeu, por falhas constantes ou aberturas de portas que nunca se deviam ter feito.
Se sou desacreditada ou recalcada? Alguém me prove o contrário. Com todo o gosto.
E eu continuo a acreditar, acredito no amor mas não na cabana.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Trick or treat?



Más companhias+Comentários a uma conversa=Opiniões diversas
Desde que me conheço como gente que sempre ouvi falar em más companhias.
Desde a velha história do não aceites nada de estranhos até ao andas-te a vestir de maneira esquisita, é das companhias que tens, há de tudo.
Por norma a primeira vez que o ouvimos é dos pais e mais tarde até de amigos ouvimos a mesma palestra.
Sempre me chateou ouvir isto, talvez porque nunca tenha sido uma pessoa fácil de influenciar, ou pelo menos por circunstâncias que sabia à partida que não seriam boas para mim. Fiz as asneiras que tinha a fazer e continuo a fazer, mais calculadas, é certo, que isto de ser adulto obriga a essas atitudes.
Gosto de boa gente e que está na mesma onda que a minha, basicamente.
Passei a adolescência sem dar grandes dores de cabeça aos meus pais, que é sempre um período mais propicio a deixar-mo-nos ir no rebanho.
Depois de adulta e de um conhecimento maior em relação a uma série de coisas, menos ainda. Tenho os amigos que gosto, os conhecidos que me agradam e com os outros lido bem.
Não gosto de manipulações, pessoas que recorrem frequentemente a este mau hábito e irritam-me as que facilmente se deixam ir nestes jogos de interesses.
No que diz respeito ao amor (ou o que lhe queiram chamar, então....) menos ainda.
Chamem-me exigente, mas há coisas que me ultrapassam numa relação e na atitude que as pessoas tomam e que querem (ou acham) que irão ter da outra pessoa, quando à partida se sabe que é uma luta em vão.
Principalmente quando as pessoas acham que o amor que sentem pela outra chega perfeitamente para aguentar o barco.
 AH! Guess what? You loose!! 
Isto vai de encontro a outro tipo de pessoas que abomino. Gente mimada. Ui! Se há coisa que lido mal é com caprichos e devaneios de gente que aprenderam que a vida é um sim, quando muitas das vezes é um não, mas alguém ou muitos alguém não souberam dizer que pode até ser um talvez mas tens de lutar, até prova em contrário é um não....Um tabefe também resolveria a questão!
A pessoa cresce e deparamos-nos com uma personagem chamada Alice e que vive no País das Maravilhas.
Quem lhes deu a educação e quem lhes continua a amparar golpes pelo tal Amor tem sempre a esperança que irá mudar, passam-se anos e as atitudes são as mesmas, mas continuam ali com a esperança de um cão abandonado que o dono irá aparecer.
Criaram um monstro. Como domesticá-lo? Não sei e não faço questão de saber porque é gente que em nada contribui para a minha felicidade e da experiência que tenho as pessoas que vêm a mudar tiveram de sofrer perdas e abre pestanas para mudarem um pouco a atitude perante a vida.
Dou graças de ter sido educada por pessoas com princípios, que me souberam orientar em relação a escolhas e prioridades e de ter amigos que tem ideais de vida semelhantes partilhando-os com a sintonia que nos une.
Isto da velha máxima que se ouve manter a criança que há em nós é aprovada cá por mim, mas atenção que não é para se continuar a achar que se pode ter as mesmas atitudes que até poderão ser fácilmente desculpáveis aos 15. Aos 30? Meus queridos, vão arranjar babysiter ou ir ter com quem vos fez e que vos volte a dar a educação.

Aqui à tempos eu já tinha dito que gosto (bastante) de pessoas estruturadas, certo? Que sabem o que querem e tal... Pois é. Continuo rigorosamente com a mesma opinião.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Crescer


"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas. E comeca a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quao boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a ultima vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

Willliam Shakespeare 

Num momento alguém me disse... "Deus não nos dê tudo aquilo que conseguimos suportar" 

Talvez seja essa a explicação 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012


"O amor é uma companhia. 
Já não sei andar só pelos caminhos, Porque já não posso andar só. 
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa 
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo. E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar. Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas. Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela. 
Todo eu sou qualquer força que me abandona. Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio."
Alberto Caeiro

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011